terça-feira, 12 de junho de 2012

Minha trilha sonora ao vivo



Eu vi a Irlanda pela primeira vez da janelinha do avião ao som dessa música aí de cima - se quiserem ouvir enquanto leem o post, é uma ótima trilha sonora. 

Aquele período de 3 ou 4 minutos foi um dos momentos em que eu me senti mais feliz em toda a minha vida. Eu tava realizando meu único grande sonho, damn it! Pode ser bobagem pra alguns, mas pra mim não. Foi a primeira, e até agora única vez que eu chorei desde que cheguei. Mas ok, não é isso que eu queria falar.

Antes de vir pra Europa eu sabia que a chance de ver algum show legal seria grande, mas ainda não sabia quem ou o quê eu poderia assistir. Não que aqui em Galway não tenham shows bons, longe disso! Os músicos daqui são maravilhosos. Mas quem me conhece sabe que eu sou louca por um showzinho de bandas internacionais com milhares de pessoas.

No primeiro mês, já a primeira surpresa junto da primeira decepção. Na minha Galway querida, show do Franz Ferdinand... ali, do ladinho, naquele palco de meio metro de altura do Roisin Dubh... Em menos de duas horas, venderam os 200 ingressos, óbvio. Eu não tive chance porque naquela época eu estava sem internet e o jornal anunciou as datas erradas da venda de ingresso (#fail). A decepção foi grande, mas não chegou aos pés da que eu tive com o Weezer há uns 8 anos atrás (longa história: mas resumindo, ganhei ingressos e não fui no show). Mas tudo bem, eu já tive oportunidade de assistir Franz em Porto Alegre antes, então.. Dor no coração, mas ok, supero. 

Até que a oportunidade mais que perfeita surgiu: a banda que eu me encantei há um tempo atrás e que foi a trilha da minha chegada na Irlanda faria um festival em... Galway! Ou seja: sem despesas com transporte, sem taxas, apenas o ingresso. Mumford & Sons faria um show em Salthill Park, meia hora de caminhada minha casa e... peraí, peraí peraí ... quem?? Sim, porque quando eu contei empolgadésima pras pessoas que Mumford & Sons iria vir pra cá, ninguém sabia quem era. E acho que muitos que tão lendo esse post também não fazem a mínima. Se estiverem curiosos, tá aqui o site oficial e a Wikipédia. Não, não é uma banda irlandesa... são britânicos.

Anyway, na falta de companhia, fui com a caravana do “eu sozinha” mesmo. Ou melhor... com minha câmera, meu óculos de sol e minha água mineral. E super me deixaram entrar com água mineral, só que eles tiram a tampa e cheiram o interior. Acho que a galera que eu vi antes de entrar e que tava despejando uma Smirnoff na garrafa pet deve ter pedido alguns 20 e tantos euros...


Gentlemen of the Road

Bandeiras espalhadas com o logo do Festival
Banda desconhecida... que nada! Tinha uma super galera! Não vi nem ouvi estrangeiros, como habitualmente acontece em qualquer outro lugar aqui. Só tinha irish mesmo. Não consegui encontrar nos jornais ou em nenhum outro lugar a estimativa de público. Mas sem dúvida havia alguns milhares. O festival se chama Gentlemen of the Road e durante um dia inteiro, várias bandas se apresentam em dois palcos. Esse festival é organizado pelos próprios integrantes do Mumford & Sons e geralmente passa por cidades menores.

Quando eu cheguei já tava assim... e era 6 da tarde.

Antes do show principal, consegui assistir Nathaniel Ratelcliff – bem bacana, por sinal e The Vaccines, que eu já achava curtia e tal, mas que no show me decepcionou um pouco. Não agitou muito a galera.

The Vaccines: curti, mas achei que seria mais empolgante
Tudo pronto pra começar! (essa manga tá ridícula, henhôôô...)
Na hora de Mumford & Sons... bom, vocês sabem. Galera cantando alto, pulando, gritando, fazendo milhões de vídeos e fotos. Fiquei consideravelmente na frente, o que me rendeu alguns empurrões e Bulmers derrubadas do meu tênis estrelado de 3 euros. Mas ok, eu supero, como sempre. Os caras foram muito simpáticos com o público e tocaram algumas músicas do novo CD que sai agora em setembro. (Sem contar que a maioria deles são umas gracinhas – sem ciúmes, Gabri)


Cantei, gritei, pulei, me diverti. Muito. O show foi sensacional. Mas enquanto eu voltava a pé pra casa, à meia-noite – não se assustem, isso ainda é cedo – eu fiquei pensando no quanto meus amigos da gringolândia (vulgo Caxias do Sul) tinham que estar comigo naquela hora e como teriam curtido, porque foi perfeito. Ou melhor... faltaram eles pra ter sido perfeito.

PS atualizado dia 06 de julho: Ah... e essa semana ainda fui no show do Thin Lizzy (sim, Edubis, eu sei que não é a formação original... but who cares??)

5 comentários:

  1. Eu nem queria mesmo... =p

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  2. "gracinhas"?? pode vulgarizar, o gabriel nao vai ficar com ciumes nao... sao uns tesão!! hahaha
    ..ta, talvez não tanto, mas dão um (atenção para a gíria de véia) caldo!

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    1. hahahaah chuta o balde de uma vez! são uns broto!!!

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    2. Ah vae...eles são "bonitinhos"...parecem os cara do The Wanted lah...td meio cara de piá.

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  3. Ai Celli que invejinhaaa!! =P

    PS. Gracinhas é apelido mesmo, concordo com a Gabe hehehe

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