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Vista da Pont Alexandre III, aquela da Adele :D |
De Bruxelas para a Cidade Luz
Quis resolver dar uma de phyna, sair de Bruxelas e ir pra
Paris. Como? De busão, óbvio. Trem, ao contrário do que muitos pensam, é bem
mais caro. E pra quem acha que só no Visatão de Caxias tem baphão, é porque
nunca pegou um Eurolines em fim de feriado. Pra vocês sacarem um pouquinho do
trajeto (de quatro longas horas): a senhora gigante atrás de mim – que não
parou de se mexer e não calou a boca e sem tecla SAP –
resolveu tentar botar o filhinho querido pra dormir. Eu não manjo nada de
francês, mas deu pra entender que ela queria colocar uma música no celular. E
que música seria essa? “Ai se eu te pego”, óóóóóbvio. Seguido de algum outro
funk pancadão, claro. A criança vai dormir que nem um anjo.
E foi nessa vibe que cheguei em Paris. Primeiro desafio: o
metrô. Achei que eu já tivesse craque depois de Bruxelas... de fato, eu tava.
Mas né... compre tickets em uma língua que tu não conhece pra ver o que
acontece... Fui na base do tentativa e erro e do “Excusez-moi, je ne parle pas
français”. Como eu vim de Bruxelas, já
deu pra se acostumar um pouco com a língua. Só que agora, nem sinal do inglês.
Mesmo sendo cidade turística, a grande
maioria das informações são todas em francês. Te vira, nega.
Onde ficar?
Depois de mil baldeações do metrô, cheguei ao destino. A
linha de metrô é imensa e te leva pra basicamente todos os lugares de Paris, mas
é facinho de achar. Fiquei no Hostel
Caulaincourt. Lá encontrei a Gabi, minha colega na Atlantic. Ela é argentina,
mas é legal. Baita parceria mesmo! Enfim... o lugar é bem bacana, tem todo um
ar meio “cabaré”. Acho que são os papeis de parede bordô com florais que dão
essa impressão... E tenho que dar os parabéns no quesito breakfest... eles têm
o melhor café da manhã EVER dos hostels que eu passei. Croassaint, baguete,
suco... tinha até Choco Crispis (aqueles sucrilhos de chocolate do elefantinho,
sabem?) Uma hora inteira dedicada ao café da manhã. O hostel fica no coração de
Montmartre, conhecido como o bairro dos artistas e que é muito bacana. Meio
longe do centrão, mas como eu disse, dá pra ir de metrô por tudo ou a pé, se tu
tiver tempo.
O que fazer em Paris? Fala muito sério...
Antes de qualquer coisa, só queria dizer que Paris era de
longe um dos últimos lugares que eu escolheria pra visitar. Todo aquele
glamour, aquela pompa, aquela frescura e bibibi nunca me atraíram. Mas como era
no caminho, a passagem tava razoavelmente acessível e menores de 25 anos não
pagam pra entrar nos museus... tinha que aproveitar. E também porque eu sabia
que se eu não fosse pra Paris, ia ouvir a minha prima Grasi me xingando até não
poder mais!
De cara, Paris me impressionou. Tudo é grandioso, majestoso.
Nada é pouca coisa, tudo precisa ser mega e muitas vezes chega a ser caricato.
Desde a parte mais histórica, com detalhes em ouro, até as ruas boêmias com
traços em art noveau. Quando tu tá visitando e acha que já viu tudo no lugar, é
porque tu é um imbecil que não olhou pro lado, porque provavelmente tem mais
alguma coisa que tu não percebeu. Sério.
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Montmartre e seus artistas. |
Dar dicas de onde ir é pretensioso demais pra quem passou
dois dias e meio. Mas posso dizer que deu pra conhecer muita coisa. Impossível citar tudo aqui... Montmartre com seus artistas que pintam e
desenham os milhares de rostos que passam por ali diariamente; pertinho dali tem
a igreja de Sacre Coeur, com uma vista fantástica da cidade; o Arco do Triunfo,
que pra mim foi muito mais bonito do que eu imaginava. Ahhh... fica a dica:
você não precisa atravessar as DOZE pistas pra chegar até o arco... Tem uma
passagem subterrânea. E não acredite nas pessoas que dizem que você pode
atravessar. Você pode, mas o risco de ser atropelado é bem significativo...
Até então, bacana, nada de super demais em Paris.
Até então, bacana, nada de super demais em Paris.
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Vista de Sacre Couer |
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Eu e Gabi abalando no Arco do Triunfo, depois de quase atropeladas. |
Tour pode ser legal
Eu tenho pavor de tour. Coisa de turista. Mas tem um lance na Europa e que em Paris valeu muito a pena fazer. O Free Walking Tour da Sandemans tem uma ideia muito interessante: todos os dias, os guias vão a um
ponto de encontro e de lá, levam os turistas pra conhecer os principais pontos
da cidade em uma caminhada que dura de 3 a 4 horas. Ao final, tu escolhe quanto
tu quer pagar pro guia. No nosso caso, o guia era sensacional. Não lembro o
nome dele, mas ele é de Los Angeles e morava em Paris há alguns anos com a
esposa, que é de lá. O passeio foi super descontraído, com dicas valiosas, dados
históricos (sem ser boring) e serve pra ter um panorama geral da cidade para,
aí sim, decidir os lugares que tu quer conhecer mais a fundo. Valeu super a
pena. Depois disso, me dei conta de que eu tava no palco central de muitos
eventos históricos importantíssimos (dã). Paris começou a se tornar mais
interessante.
Turistas: ô raça desgraçada
Detesto turista (sim, eu sou turista também). E em Paris eu entendi o
porquê dos franceses terem a fama de ser grosseiros: porque turista também é.
Turista em Paris em geral é mal-educado, espalhafatoso e acha que falando
inglês mais alto os franceses vão compreender. E o francês não precisa ser
educado porque sabe que todo mundo vai à Paris, não precisam promover a cidade.
Alguns amigos aqui em Galway comentaram de terem passado por péssimas experiências por lá. Eu
já posso dizer ao contrário: todos franceses foram muito gentis comigo PORÉM,
veja bem, porém nunca me responderam em inglês. Quando eu perguntava alguma
informação, eu sempre começava pedindo desculpas por não falar francês e pedia
se a pessoa podia me ajudar. 99% das pessoas eram extremamente gentis, mas 98%
te respondia em francês. Eu aprendi francês na marra em dois dias.
Um ponto que eu me estressei muito com o lance de turistas foi
no Palácio de Versailles. (Só um adendo: Gente, o lugar é uns 40 minutos de
Paris, vale muito a pena. O trem também é baratinho, 7 euricos ida e volta. O
lugar é lindo, com milhões de aposentos e jardins eternos que não acabam nunca
mais. E claro, muito ouro.) Foi lá que quase fui atropelada pela terceira idade
oriental e suas câmeras digitais. Os véio não sabiam nem do que tavam batendo
foto, mas empurravam Deus e todo mundo pra clicar, sem ao menos um
enquadramento. Um horror. Mas ok... paciência...
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Versailles infestada de turistas. |
Coisas bacanas de ser intercambista
Eu já falei aqui que uma das coisas mais legais de morar
fora é conhecer gente do mundo todo. A
Stéphanie é francesa e foi minha colega na Atlantic. Combinamos por e-mail de
nos encontrarmos para um jantar. Ela nos levou em um típico bistrô, com direito
a vinho francês e sobremesa. É muito legal quando a gente visita os lugares e
as pessoas mostram orgulhosas as coisas legais que a cidade tem. E a Stéphanie
fez isso muito bem! Espero um dia poder retribuir a essas pessoas.
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Gabi, eu e Stéphanie destruindo um filé. |
Pra fechar a noite... Torre Eiffel, símbolo master de Paris.
Ela é de fato bacana, mas durante o dia ela não é tudo aquilo. Inclusive, me
decepcionei ao ver ela à tarde. O negócio é que ela te conquista à noite,
com aquele show de luzes que, falando, ninguém acredita no quão lindo é. Nem eu
acreditava até ver com meus próprios olhos. Até então eu tinha achado Paris legal,
mas depois da Torre Eiffel à noite... aquela cidade quase me conquistou.
Quase, porque eu sou moça difícil, né?
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E não é que é bonito mesmo?? |
O paraíso dos museus
Em Paris tu respira história. Tudo, tudo, tudo tem uma
história por trás, mesmo que restaurada, reformulada ou maquiada. A gente sabe
disso, mas não se dá conta até estar lá. E pra deixar isso mais evidente, nada
melhor do que museu. E lá tem museu pra tudo. Deu dó de entrar em tão poucos.
Consegui ir no Petit Palais, no Musée de L’Armée, onde tem a tumba de Napoleão,
cheguei tarde pro Museu D’Orsay, pro Grand Palais e pro Museu de Fotografia. Lembrando: menores de 25 anos, aproveitem! Museu
é tudo “de grátis” pra nós!!
E foi então que eu finalmente me rendi aos encantos de Paris
graças ao Museu do Louvre. Monalisa, Vênus de Milo, Leonardo da Vinci,
antiguidades egípcias... É imensurável. Eu passaria dias lá. Em determinado
momento, meu cérebro deu nó, pane total, sobrecarga de informação... já não sabia
mais nem meu nome. O que eu precisava era só de um cantinho e uma comidinha
qualquer pra me preparar pra deixar essa cidade que me surpreendeu e me
conquistou. Paris, você venceu.
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Da série: jumping around the world com cara de retardada, no Louvre. |
Ps: pra não dizer que viajei por aí e não encontrei ninguém
famoso: vi o Celso Portioli em Notre Dame ¬¬. Eu preferia ter encontrado outra
pessoa, mas né...
Soh faltou uma briga de robô na fila do Louvre neh? aUHEiuHEiuHIeHIuehU
ResponderExcluirAí é que entra uma das utilidades do Walking Tour: eles nos falaram de uma entrada alternativa que evita toda e qualquer fila. Super funcionou :D
ResponderExcluirnão precisa ser quase atropelada, mas tu foi quase atropelada, confere? hahaha
ResponderExcluiranyway, eu acho que tu tá escutando mais "ai se eu te pego" ai do que a gente aqui. hehehe
hahaha confere, confere. Acreditei no guardinha e né... parei o trânsito de Paris.
ResponderExcluirE certo que sim.. Ai se eu te pego é hit. TODO MUNDO adora. Um horror.
Só uma perrguntita: é de graça pra menores de 25 anos em geral.. ou tu teve q apresentar a carteirinha de estudante?
ResponderExcluirSim, em Paris é por idade. Mas eu me liguei em uma coisa: acho que é de graça só pra jovens que fazem parte da UE. Como tenho visto... ta valendo. Vou confirmar isso e corrigir Valeu!
ExcluirCelli eu sabia que tu ia amar Paris, capital da cultura, cinema, artes, história ... por isso mesmo escolhi esse passeio como teu presente de aniversário que aliás tá quase chegando e fico muito feliz de saber que tu te rendeu aos encantos da cidade luz e quer saber? Se der vai mais uns dias, que eu tenho certeza que tu vai curtir. Beijos da primana
ResponderExcluirIh Gra... tem tanto lugar pra ir ainda... vixe... Mas um dia eu volto. Dois dias em Paris é nada.
ExcluirBeijão!!